novo (3)

O vereador Paulo Miyasiro (Republicanos, 1º Mandato) propôs um projeto de decreto legislativo que cria a obrigatoriedade da Câmara Municipal de Santos de gastar dinheiro com a compra anual de 72 medalhas para atletas de todas as categorias amadoras e profissionais que chegarem em primeiro lugar na Prova 10 KM Tribuna FM.

A prova, como todos sabemos, é uma iniciativa de marketing do Grupo A Tribuna. Em que pese ser importante eventos esportivos para a Cidade, não há justificativa para, em tempos de recuperação da economia local, gastar um dinheiro com medalhas. Essas pessoas já recebem certificados e outras premiações, que por sinal são custeadas com o dinheiro que é arrecadado a partir da inscrição de todos os participantes.

Por que cargas d’água a Câmara, que é um órgão público com a finalidade de criar boas leis e fiscalizar aqueles que executam as políticas públicas, vai se envolver em um evento esportivo privado?

Ainda mais após recomendações do Ministério Público e do Tribunal de Contas (TCE-SP) de que é preciso diminuir ou mesmo cortar as tais homenagens (títulos, medalhas e placas) a empresários e empresas pagas com verba pública?

O projeto de decreto legislativo estava em pauta na sessão da última terça (1), a primeira após o fim do recesso. Diante das ressalvas de alguns vereadores, como Benedito Furtado (PSB, 6º Mandato) e até mesmo o líder do Governo, Adilson Junior (PP, 4º Mandato), o vereador aceitou pedir o adiamento do trabalho por duas sessões.

O mais sensato seria retirá-lo. Mas nem sempre de bom senso vive o Legislativo santista.

VEREADORES DE SANTOS, PARA QUEM ELES TRABALHAM?