fAIXA316Os problemas na relação entre prefeituras e OSs na Baixada Santista, como em Cubatão, Praia Grande, Itanhaém e Peruíbe, acenderam a luz amarela no processo de terceirização de serviços de saúde em Santos. Com projeto aprovado na Câmara pela maioria governista, cada notícia sobre uma OS que não pagou salários, desviou recursos ou fugiu das responsabilidades, cai com uma bomba, tanto no Executivo, quanto no Legislativo.

Proposta de privatização que volta com um verniz de modernidade, visando eficiência, na prática, onde as OSs foram implantadas, um rastro de mazelas ficou no caminho. Na verdade, trata-se do desmonte dos serviços públicos, para entrega a entidades por meio de terceirização. Em Cubatão, por exemplo, enquanto a prefeitura e a OS discutem responsabilidades, funcionários ficaram sem pagamento e a população, sem os serviços.

Eleitores manifestaram-se por meio da fganpage Vereadores de Santos – Para quem eles trabalham?, mostrando repúdio à iniciativa. Luiz Carlos Carnio Fernandes entende que os vereadores votaram porque obedeceram às ordens do prefeito. “Certamente estão levando algum. Aprovar este absurdo é assinar atestado de incompetência em gestão pública do seu chefe. Diz o ditado: manda quem pode, obedece quem tem o rabo preso…”

Para Cilene Prado Costa o Legislativo não vê a realidade. “O país está passando por uma crise que exige administração sem erro, entretanto, os vereadores de Santos, sob a batuta do prefeito, parecem não se importar. Cada gasto com reforma de praça, compra de bandeiras etc… Não é possível que não se inteirem das dificuldades que a nação passa”.

Bloco do governo nas OSs
Vereadores que votaram a favor da terceirização de serviços públicos municipais vão contar com a marcação cerrada do funcionalismo de Santos. A entidade de classe que os representa acaba de editar uma cartilha sobre OSs – Organizações Sociais e os danos causados em diversos municípios. Vereadores que aprovaram o projeto em Santos contam com uma página especial.