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Mais uma vez, projetos de lei que poderiam trazer ganhos sociais significativos para quem não tem do Estado a assistência necessária para sobreviver com dignidade ganham o selo de veto do prefeito Rogério Santos (PSDB). 

Tratam-se os PLs 122/2021 e 48/2018, ambos da vereadora Telma de Sousa (PT, 4º Mandato) e que versam, respectivamente, sobre a criação de um Banco de Alimentos para pessoas em situação de insegurança alimentar e sobre a implantação de um Programa de Locação Social, para pessoas sem moradia e em situação de vulnerabilidade social.

A conversa na última sessão, quinta-feira passada (20), foi de que o Governo estava vetando ambos os projetos porque vai encaminhar outros de igual teor para o Legislativo. Será mesmo? Essa mesma promessa foi feita em relação a outras proposituras vetadas, na base do “na volta a gente compra”. 

Sobre o Banco de Alimentos a coluna Dia a Dia, do Jornal A Tribuna, lembrou que o interesse do prefeito não parece ser concreto, a julgar pelo desinteresse do Governo em ativar o Conselho Municipal de Segurança Alimentar. A alegação seria de que a sociedade civil não estaria interessada em manter a instância consultiva. 

O fato é que no mês em que se comemora os 30 anos da Campanha “Quem tem fome tem pressa”, da Ação da Cidadania, uma  iniciativa do sociólogo Herbert de Souza, o Betinho, a cidade de Santos sinaliza que a administração não está com tanta pressa assim. 

Agora é ver o desenrolar da história e torcer para que quem tem fome de alimento e moradia aguente firme os passos de tartaruga e a aparente falta de vontade política das instituições.