Reportagem do Diário do Litoral desta sexta (22) mostra que o Legislativo Santista esbanja requinte na reforma do Castelinho. Conforme o jornalista Carlos Ratton, Somente com sete mesas em instalação no novo plenário os parlamentares gastarão cerca de R$ 950 mil. Dinheiro público! Com todos os móveis chega-se a quase R$ 1,5 milhão.

Somente com a mesa diretora serão gastos R$ 159.422,10. Duas mesas para vereadores Tipo 1 vão custar R$ 217.866,00 (R$ 108.933,00 cada) e quatro mesas para vereadores Tipo 2 vão custar R$ 566.061,20 (R$ 141.515,30 cada).

Abaixo a reportagem (Foto: Nair Bueno):
“Detalhamento da licitação de adequação e reforma do Plenário dentro do prédio da Câmara de Santos, conhecido como Castelinho, publicado no Portal da Transparência, aponta que somente com sete mesas os parlamentares santistas gastarão cerca de R$ 950 mil (exatos R$ 943.349,30). Com esse valor, um cidadão ou cidadã santista consegue comprar três apartamentos de um quarto em bairros distintos em Santos, segundo uma corretora consultada pela Reportagem.

Somente com a mesa diretora serão gastos R$ 159.422,10. Duas mesas para vereadores Tipo 1 vão custar R$ 217.866,00 (R$ 108.933,00 cada) e quatro mesas para vereadores Tipo 2 vão custar R$ 566.061,20 (R$ 141.515,30 cada). Dois púlpitos custarão R$ 75.933,60 (R$ 37.966,80 cada).

O preço das poltronas também está, como diria na gíria popular, ‘um pouco salgado’. Com 27 poltronas giratórias para vereadores (as) serão gastos R$ 332.410,50 (R$ 12.311,50 cada poltrona). Com cinco poltronas giratórias de apoio (que devem ser para auxiliares) serão gastos R$ 19.173,50 (R$ 3.834,70 cada). E ainda com 18 poltronas fixas o valor será R$ 105.544,80 (cada cadeira fixa custará R$ 5.863,60).

Somando todos os móveis, o Legislativo santista irá gastar cerca de R$ 1,5 milhão (exatos R$ 1.476.411,70) – praticamente 50% do valor final da reforma do plenário, já confirmado por R$ 3.107.000,00 com a empresa Reforplan Reformas Planejadas Ltda.

Somente o tablado (parte mais alta do plenário em que fica a Mesa Diretora durante a sessão) custará R$ 676.426,00. Por esse preço, pode-se comprar um apartamento de até três quartos na Cidade, também conforme a corretora consultada.

Para parlamentar (falar) e ouvir bem, a Câmara também não mediu preços. O isolamento acústico (paredes e piso) do Plenário Doutor Oswaldo de Rosis custará R$ 314.708,00. Iluminação, microfones e tomadas custarão R$ 421.748,00 – melhor que muitas casas de shows da região.

Somente a retirada da antiga estrutura custou R$ 125.779,70 (preço de um carro razoável) e o fornecimento de projetos custou R$ 91.905,60.

JUSTIFICATIVA.
A Câmara informa que, de maneira protocolar, “este certame, tal qual todo outro realizado pela Casa de Leis, seguiu a legislação vigente que rege os devidos procedimentos licitatórios, em conformidade com as boas práticas de gestão pública e dentro dos parâmetro estipulados pelos apontamentos do Tribunal de Contas do Estado”. “Adicionalmente, tendo em vista o zelo ao erário e aos recursos públicos, optou-se pelo equipamento que apresentasse o melhor custo-benefício possível, visando acessibilidade e durabilidade”, completa.

E aí? Você concorda com essa gastança? Não à toa a Câmara de Santos está no topo do ranking das que mais gastam no Estado de São Paulo, de acordo com o Tribunal de Contas do Estado (TCE-SP). É a 5ª em custo per capita entre 644 Câmaras Municipais analisadas.

No quesito maior custo por vereador, Santos fica na 6ª posição, deixando para trás 538 cidades no Estado.

VEREADORES DE SANTOS, PARA QUEM ELES TRABALHAM?