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A sessão desta quinta-feira (22) da Câmara Municipal de Santos foi bastante ilustrativa sobre o caráter do Legislativo Santista.

Numa rápida comparação entre o nível de prioridade dado a dois projetos pautados na sessão podemos tirar algumas impressões. A conclusão, no entanto, fica com o leitor.

Os projetos de lei são bem diferentes e tiveram tratamento bem distinto também.

O primeiro deles, do vereador Chico Nogueira (PT, 1º Mandato), cria mecanismos para prevenir danos ambientais em nosso estuário. A ementa diz que a propositura visa proibição “da disposição e deposição de resíduos tóxicos e de sedimentos contaminados ou com potencial contaminante com produtos, substâncias e compostos químicos, orgânicos ou inorgânicos, no solo, em águas, leitos e cavas subaquáticas, em Santos”.

O texto foi discutido e votado em apenas 11 minutos. Dois vereadores usaram a palavra para comentá-lo. O projeto foi aprovado em primeira discussão, mas nada garante que passe na segunda.

O segundo projeto, bem menos relevante, é aquele tipo de trabalho que serve para os políticos da base aliada gastarem todo seu estoque de elogios e exclamações a outros políticos. De autoria do vereador líder da base do Governo, Adilson Junior (PTB, 3º Mandato), a propositura visa nomear uma escola homenageando o ex-prefeito de Santos, Paulo Gomes Barbosa, pai do atual chefe do Executivo, Paulo Alexandre Barbosa (PSDB). A escola fica no bairro Jabaquara e está sendo construída pelo Grupo Mendes, como medida compensatória por empreendimentos na Ponta da Praia.

Demorou 24 minutos para a aprovação do projeto. Oito vereadores fizeram questão de falar em 10 intervenções ao todo.

Também é de Adilson Júnior o projeto que visa dar nome às ciclovias de Santos. Mais sobre essa proposta aqui: